Ao longo da história, os conceitos de saúde e doença mental se adequavam aos padrões culturais de cada época.
No período medieval, a exclusão do doente mental era tida com uma redenção pelo sofrimento, conceito decorrente da influência religiosa dominante nesse período.
No classicismo (XVII e XVIII), a loucura passa a ser reconhecida como própria da natureza humana. Quando então, os doentes mentais e aqueles considerados vergonhosos para o padrão da época passam a ser aprisionados, excluídos da convivência social. A loucura sempre foi um diagnóstico sob o ponto de vista moral.
A partir da Revolução Francesa, cujo lema era Liberdade, Igualdade e Fraternidade, havia o objetivo de superar a violência e a exclusão social características das casas de internação, deixando de enclausurar por motivos sociais e religiosos para serem excluídos por motivos médicos.
No século XIX, surge a Psiquiatria, especialidade da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças mentais humanas. Entretanto, segundo Foucault (1975), não houve rompimento com as antigas práticas, o louco continuava sendo ameaçado, humilhado, castigado. No processo de reconhecimento das doenças, surgem os conceitos de alienação e isolamento. Alienação mental: viver fora da realidade. As pessoas assim diagnosticadas eram isoladas para tratamento moral, cujo objetivo era reorganizar o mundo interno dos alienados.
No século XX, com a Reforma Psiquiátrica, busca-se um atendimento mais humanizado de forma a garantir a dignidade do doente mental, enquanto cidadão. A OMS postula que a doença mental é composta pelos enfoques biológicos, psicológicos e sociais, biopsicossocial.
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